Tenho andado a ler alguns livros de ética e regras de cortesia da antiguidade clássica, nomeadamente de inspiração judaico-cristã, sempre na tentativa de encontrar semelhanças e contrastes civilizacionais com a actualidade. A conclusão é, no mínimo, espantosa e de deixar-nos de boca aberta. Veja-se um exemplo sobre regras de educação judaicas, encontradas no livro Encontros de Roberto Badenas, em rodapé, na pág.103: «Não fales demasiado tempo com uma mulher...Nem com a tua nem, muito menos, com a do próximo». Vejo aí um sobrolho a levantar-se. Mas vejamos o que dizía um contemporâneo de Jesus, Fílon: «As mulheres devem ficar sempre em casa e viver retiradas. As jovens devem conservar-se nos aposentos interiores sem ultrapassar os limites da porta de comunicação (com as divisões a que os homens têm acesso). E as mulheres casadas não ultrapassarão a porta do pátio...para se subtrair por pudor aos olhares dos homens, mesmo dos seus parentes mais próximos.»
Muito difíceis eram os engates na altura.
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