
Trainspotting, 1996. E o mundo do cinema nunca mais sería o mesmo. A vida é uma escolha. Ou não? Ouvir aqui a música de abertura.

 Old Boy, o filme-choque de 2003. Cinema violento no seu melhor.
 Old Boy, o filme-choque de 2003. Cinema violento no seu melhor. Um Violino no Telhado, absolutamente brilhante. Um musical de Norman Jewison de 1971. Para ver e rever a cena onde Topol canta a famosa música "If I Were a Rich Man". Filme obrigatório.
 Um Violino no Telhado, absolutamente brilhante. Um musical de Norman Jewison de 1971. Para ver e rever a cena onde Topol canta a famosa música "If I Were a Rich Man". Filme obrigatório.  Primavera Verão Outono e Inverno...e Primavera de Kim Ki-Duk. Inocência, sabedoria e Budismo. Para ver e reflectir.
 Primavera Verão Outono e Inverno...e Primavera de Kim Ki-Duk. Inocência, sabedoria e Budismo. Para ver e reflectir. Arbeit Macht Frei, que em Português quer dizer "O trabalho traz liberdade" ou "O trabalho libertar-te á", era o "slogan" afixado pelos Nazis à entrada dos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau e foi objecto de múltiplas interpretações. Há duas principais: a literal, que diz que quem trabalhar será libertado, o que pode traduzir-se como falsa propaganda Nazi, pois os campos de concentração eram campos de extermínio disfarçados de «campos de trabalho» e o objectivo não era libertar ninguém, excepto da "existência física"; e a interpretação metafórica, ou mística, ou filosófica, que diz que através do trabalho intenso e sacrificial per si todo o indivíduo pode atingir uma certa "paz" e "liberdade espiritual interior". Em suma: que o trabalho é o maior benefício da humanidade, prendendo-a a si e ao mesmo tempo libertando-a de tudo o resto que podería afligi-la.
 Arbeit Macht Frei, que em Português quer dizer "O trabalho traz liberdade" ou "O trabalho libertar-te á", era o "slogan" afixado pelos Nazis à entrada dos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau e foi objecto de múltiplas interpretações. Há duas principais: a literal, que diz que quem trabalhar será libertado, o que pode traduzir-se como falsa propaganda Nazi, pois os campos de concentração eram campos de extermínio disfarçados de «campos de trabalho» e o objectivo não era libertar ninguém, excepto da "existência física"; e a interpretação metafórica, ou mística, ou filosófica, que diz que através do trabalho intenso e sacrificial per si todo o indivíduo pode atingir uma certa "paz" e "liberdade espiritual interior". Em suma: que o trabalho é o maior benefício da humanidade, prendendo-a a si e ao mesmo tempo libertando-a de tudo o resto que podería afligi-la.  
 

 
 


 
 
 Red Sonja é para esquecer.
Red Sonja é para esquecer.
 Como não sei o que é estar casado, para mim o Inferno são as praias no Verão. Aquilo, sim, é um cenário perfeitamente dantesco: centenas de pessoas juntinhas, quase coladinhas, 40 graus à sombra, famílias inteiras a torrar ao sol, expondo o nalguedo gorduroso ao relento da maresia, de tanto besuntado que está com o bronzeador comprado na loja dos 300 e todos a escarafunchar a marmita dos rissóis, tipo perdigueiros enjaulados, partilhando entre eles aquelas Sprites de 2 litros, alternando entre eles - desde o neto ranhoso da fralda acastanhada ao avô tresloucado que só sabe dizer para as "gajas" do lado "ai que belas padarias"- o côro de arrotos a imitar o alfabeto latino.
Como não sei o que é estar casado, para mim o Inferno são as praias no Verão. Aquilo, sim, é um cenário perfeitamente dantesco: centenas de pessoas juntinhas, quase coladinhas, 40 graus à sombra, famílias inteiras a torrar ao sol, expondo o nalguedo gorduroso ao relento da maresia, de tanto besuntado que está com o bronzeador comprado na loja dos 300 e todos a escarafunchar a marmita dos rissóis, tipo perdigueiros enjaulados, partilhando entre eles aquelas Sprites de 2 litros, alternando entre eles - desde o neto ranhoso da fralda acastanhada ao avô tresloucado que só sabe dizer para as "gajas" do lado "ai que belas padarias"- o côro de arrotos a imitar o alfabeto latino. Perguntaram-me se eu sabia o que é o inferno. A resposta, caros amiguinhos, é mais do que óbvia. Só sei o que é o Paraíso. Ora, sabendo eu que o Paraíso é, nada mais nada menos que, ficar fechado durante 2 meses, ao puro estilo Big Brother, na mansão da Playboy, com todas as Playmates do ano, sempre a «bombar» de manhã à noite, ao estilo "vira-porca-vai-porca-vira-porca-vai-porca", alternando 2 loiras por cada 5 morenas só para "desenjoar", apenas parando durante 15 segundos para respirar bem fundo, comer uma bucha de focinho de porco, ir à janela do quarto e ver chegar um camião género da TIR com 4 atrelados, carregadinhos de Viagra, toalhas e toda a sorte de bebidas energéticas, incluíndo 6 barris de Redbull, fui obrigado a concluir que o Inferno é tudo o resto que não está incluído no que acabei de dizer.
Perguntaram-me se eu sabia o que é o inferno. A resposta, caros amiguinhos, é mais do que óbvia. Só sei o que é o Paraíso. Ora, sabendo eu que o Paraíso é, nada mais nada menos que, ficar fechado durante 2 meses, ao puro estilo Big Brother, na mansão da Playboy, com todas as Playmates do ano, sempre a «bombar» de manhã à noite, ao estilo "vira-porca-vai-porca-vira-porca-vai-porca", alternando 2 loiras por cada 5 morenas só para "desenjoar", apenas parando durante 15 segundos para respirar bem fundo, comer uma bucha de focinho de porco, ir à janela do quarto e ver chegar um camião género da TIR com 4 atrelados, carregadinhos de Viagra, toalhas e toda a sorte de bebidas energéticas, incluíndo 6 barris de Redbull, fui obrigado a concluir que o Inferno é tudo o resto que não está incluído no que acabei de dizer. Sim, faço 29 aninhos hoje. Já vai longe o revolucionário dia 25 de julho de 1977, onde um pequeno petiz de rosto coradito nascia no Hospital de Gaia perante o olhar embasbacado das enfermeiras de serviço que comentavam entre si: "Eh lá, este tem dois cordões umbilicais!"
Sim, faço 29 aninhos hoje. Já vai longe o revolucionário dia 25 de julho de 1977, onde um pequeno petiz de rosto coradito nascia no Hospital de Gaia perante o olhar embasbacado das enfermeiras de serviço que comentavam entre si: "Eh lá, este tem dois cordões umbilicais!" Há um gatinho novo a rondar aqui por casa. A morar cá, pronto. Tem 3 meses de idade, tem o pêlo todo cinzentinho, olhinhos verdes, 2 kilos de gente. Devo dizer que ele sai a mim em quase todos os aspectos, embora eu não consiga lamber os meus próprios tomates. O que gostamos é de estragar. Eu quando era puto estragava tudo o que me davam, prendas de aniversário, foguetões que não saíam do chão ( tinha de o desmontar todo para saber porque é que não voava e depois quando voltava a montá-lo sobravam sempre 2 kilos de peças), combóios novinhos em folha, com túneis e tudo: partia tudo em dois dias, desmontava tudo "para ver como funcionava", deixando naturalmente os meus pais lavados em lágrimas e com vontade de correr para o telefone para ligar ao psicólogo mais corajoso. Em todos os natais e aniversários, sempre que dizía que ía brincar, lá ouvia o desabafo familiar: "Pronto, já vai foder aquela merda toda, deve pensar que estas merdas não custam dinheiro!.."
 Há um gatinho novo a rondar aqui por casa. A morar cá, pronto. Tem 3 meses de idade, tem o pêlo todo cinzentinho, olhinhos verdes, 2 kilos de gente. Devo dizer que ele sai a mim em quase todos os aspectos, embora eu não consiga lamber os meus próprios tomates. O que gostamos é de estragar. Eu quando era puto estragava tudo o que me davam, prendas de aniversário, foguetões que não saíam do chão ( tinha de o desmontar todo para saber porque é que não voava e depois quando voltava a montá-lo sobravam sempre 2 kilos de peças), combóios novinhos em folha, com túneis e tudo: partia tudo em dois dias, desmontava tudo "para ver como funcionava", deixando naturalmente os meus pais lavados em lágrimas e com vontade de correr para o telefone para ligar ao psicólogo mais corajoso. Em todos os natais e aniversários, sempre que dizía que ía brincar, lá ouvia o desabafo familiar: "Pronto, já vai foder aquela merda toda, deve pensar que estas merdas não custam dinheiro!.." Este é provavelmente o melhor romance histórico que li na vida. Começa-se a ler. A partir da pág 15 esqueço tudo o resto à minha volta e mergulho completamente, horas a fio, na história, na intriga policial daquele enredo misterioso passado na época medieval. Claro que já tinha visto o filme quando era puto e até tenho o DVD, que já visionei dezenas de vezes. Claro que o filme está excelente, Jean-Jacques Annaud é um mestre na realização de filmes históricos, veja-se a Guerra do Fogo, por ex. Considero o livro o mais bem escrito e mais bem investigado que tenha lido até hoje, sobre a época medieval, todo a quele contexto de repressão religiosa, obscurantismo, superstição, medo da inquisição, a procura e transmisssão do conhecimento, que era só possível aos letrados - os livros eram meros incunábulos, copiados à mão por monges dedicados, centenas de anos antes da imprensa. O Nome da Rosa é um romance policial sobre livros medievais que faz todas as delícias de pessoas como eu, com necessidades extremas de erudição e divertimento. Toda a época medieval está excelentemente retratada por Umberto Eco, riquíssima em pormenores e detalhes o que, para pessoas normais torna o livro secante, mas para mim extremamente empolgante. O livro está tão bem escrito e é tão empolgante (num duplo sentido: o de um policial misterioso que nos remete directamente para os filmes do género e um romance histórico com toda a erudição e entretenimento para os "nerds"mais dilentantes) que até parece que estamos lá a presenciar e a viver tudo com eles.
Este é provavelmente o melhor romance histórico que li na vida. Começa-se a ler. A partir da pág 15 esqueço tudo o resto à minha volta e mergulho completamente, horas a fio, na história, na intriga policial daquele enredo misterioso passado na época medieval. Claro que já tinha visto o filme quando era puto e até tenho o DVD, que já visionei dezenas de vezes. Claro que o filme está excelente, Jean-Jacques Annaud é um mestre na realização de filmes históricos, veja-se a Guerra do Fogo, por ex. Considero o livro o mais bem escrito e mais bem investigado que tenha lido até hoje, sobre a época medieval, todo a quele contexto de repressão religiosa, obscurantismo, superstição, medo da inquisição, a procura e transmisssão do conhecimento, que era só possível aos letrados - os livros eram meros incunábulos, copiados à mão por monges dedicados, centenas de anos antes da imprensa. O Nome da Rosa é um romance policial sobre livros medievais que faz todas as delícias de pessoas como eu, com necessidades extremas de erudição e divertimento. Toda a época medieval está excelentemente retratada por Umberto Eco, riquíssima em pormenores e detalhes o que, para pessoas normais torna o livro secante, mas para mim extremamente empolgante. O livro está tão bem escrito e é tão empolgante (num duplo sentido: o de um policial misterioso que nos remete directamente para os filmes do género e um romance histórico com toda a erudição e entretenimento para os "nerds"mais dilentantes) que até parece que estamos lá a presenciar e a viver tudo com eles. 
 

 Depois das Virgens Suicidas, Sofia Coppola, surprendeu-me com esta bela obra-prima, Lost in Translation, um dos melhores filmes de 2003, uma obra inteligente e madura, que põe o dedo na ferida sobre o nosso mundo interior que é sufocado pelo mundo exterior das aparências em que a humanidade insiste tanto em cultivar.
 Depois das Virgens Suicidas, Sofia Coppola, surprendeu-me com esta bela obra-prima, Lost in Translation, um dos melhores filmes de 2003, uma obra inteligente e madura, que põe o dedo na ferida sobre o nosso mundo interior que é sufocado pelo mundo exterior das aparências em que a humanidade insiste tanto em cultivar. Café del Mar, vol. 7 é uma compilação de música lounge, com sonoridades «chill-out» e New Age, criada por um conhecido bar em Ibiza, O Café del Mar, famoso por ter um DJ permanente que começa a pôr músicas desde o entardecer até ao pôr-do-sol (o famoso DJ José Padilla), criando um ambiente relaxante para todos os que assitiam ao sol a pôr-se (ou ao casal de namorados atrás das rochas a "pôrem-se" um no outro) utilizando músicas criteriosamente escolhidas para o efeito, que vão desde músicas de autores consagrados como Moby, Groove Armada até remixagens de músicas conhecidas, mas sempre naquele tom lento e calmo, com sons de mar, de vento, acompanhados dum beat calminho e relaxado. Há imensos álbuns de música «chill-out», inúmeras compilações do famoso Ibiza Sound, e são todos extremamente caros, sendo quase todos cds duplos  e a custar para cima de 25 euros.
 Café del Mar, vol. 7 é uma compilação de música lounge, com sonoridades «chill-out» e New Age, criada por um conhecido bar em Ibiza, O Café del Mar, famoso por ter um DJ permanente que começa a pôr músicas desde o entardecer até ao pôr-do-sol (o famoso DJ José Padilla), criando um ambiente relaxante para todos os que assitiam ao sol a pôr-se (ou ao casal de namorados atrás das rochas a "pôrem-se" um no outro) utilizando músicas criteriosamente escolhidas para o efeito, que vão desde músicas de autores consagrados como Moby, Groove Armada até remixagens de músicas conhecidas, mas sempre naquele tom lento e calmo, com sons de mar, de vento, acompanhados dum beat calminho e relaxado. Há imensos álbuns de música «chill-out», inúmeras compilações do famoso Ibiza Sound, e são todos extremamente caros, sendo quase todos cds duplos  e a custar para cima de 25 euros. Ouvi pela primeira vez este álbum em casa do meu primo Carlos, acabadinho de sair das prateleiras frias da loja para o quentinho da aparelhagem caseira. Naquele tempo não havia downloads nem iPods e a malta com gostos minimamente alternativos se quisessem ouvir um som de «jeito», tinha que poupar as coroas do ordenado para dar 3 contitos por um cd, que tinha que ser muito bem escolhido, muito ponderados os prós e os contras, a durabilidade que o cd viría a ter no tempo, nos nossos gostos e no mainstream em geral versus 3 ou quatros notas de mil réis.
Ouvi pela primeira vez este álbum em casa do meu primo Carlos, acabadinho de sair das prateleiras frias da loja para o quentinho da aparelhagem caseira. Naquele tempo não havia downloads nem iPods e a malta com gostos minimamente alternativos se quisessem ouvir um som de «jeito», tinha que poupar as coroas do ordenado para dar 3 contitos por um cd, que tinha que ser muito bem escolhido, muito ponderados os prós e os contras, a durabilidade que o cd viría a ter no tempo, nos nossos gostos e no mainstream em geral versus 3 ou quatros notas de mil réis. Nas sociedades ocidentais democratizadas, o casamento cumpre o mesmo papel que a pornografia, o tabaco e a publicidade: estimular o desejo sem nunca o satisfazer. Criar o vício e perpetua-lo e criando, ao mesmo tempo, todo um sistema para combater isto: médicos, advogados, padres, etc. É a velha dupla: sem pecado não há necessidade de salvação, sem necessidade de salvação, não há necessidade de padres, e por aí fora.
Nas sociedades ocidentais democratizadas, o casamento cumpre o mesmo papel que a pornografia, o tabaco e a publicidade: estimular o desejo sem nunca o satisfazer. Criar o vício e perpetua-lo e criando, ao mesmo tempo, todo um sistema para combater isto: médicos, advogados, padres, etc. É a velha dupla: sem pecado não há necessidade de salvação, sem necessidade de salvação, não há necessidade de padres, e por aí fora.
Strangelove dos Depeche Mode, a "sinth-pop" em toda a sua máxima plenitude, rigor e estilo criativo. Para matar saudades, aqui fica o "clip" para ver e ouvir aqui.
Para o Filipe Fontes, Paulo Silva e António Filipe. 
Depeche Mode, Playing the Angel Tour. 8 de Fevereiro, 2006. Lisboa, Pavilhão Atlântico. Estivemos lá.
 Este é o unico filme do Woody Allen completamente concebido numa base de humor non-sense. Love and Death estreou dois anos antes de Annie Hall, o filme que confirmou Allen como um realizador "hollywoodesco" (menos) e nova-iorquino (mais). Love and Death, filmado na Hungria e em Paris, é uma sátira à Rússia do sec. XIX, onde Allen interpreta Bóris, um Russo covarde que é recrutado pelo exército russo para ir combater na frente de combate contra o grandioso exército francês, liderado por Napoleão e, juntamente com Sonja (Diane Keaton) planeia assassiná-lo. Isto é o mote. O que se segue e se pode ver no filme é a mais pura comédia tresloucada, realizada por Allen, com cenas hilariantes, de que Allen depois começou a abdicar para entrar mais no mainstream da comédia bem escrita e oscarizável. Com Prokofiev na banda sonora, Allen satiriza neste filme toda a cultura de "leste" (lembrar Bergman, Tolstoy e Dostoievsky), parodiando todo este universo, elevando-o a um nível de sofisticação cómica tal que delicía tanto a plebe pseudo-intelectual como o espectador proletário viciado nos Malucos do Riso...
Este é o unico filme do Woody Allen completamente concebido numa base de humor non-sense. Love and Death estreou dois anos antes de Annie Hall, o filme que confirmou Allen como um realizador "hollywoodesco" (menos) e nova-iorquino (mais). Love and Death, filmado na Hungria e em Paris, é uma sátira à Rússia do sec. XIX, onde Allen interpreta Bóris, um Russo covarde que é recrutado pelo exército russo para ir combater na frente de combate contra o grandioso exército francês, liderado por Napoleão e, juntamente com Sonja (Diane Keaton) planeia assassiná-lo. Isto é o mote. O que se segue e se pode ver no filme é a mais pura comédia tresloucada, realizada por Allen, com cenas hilariantes, de que Allen depois começou a abdicar para entrar mais no mainstream da comédia bem escrita e oscarizável. Com Prokofiev na banda sonora, Allen satiriza neste filme toda a cultura de "leste" (lembrar Bergman, Tolstoy e Dostoievsky), parodiando todo este universo, elevando-o a um nível de sofisticação cómica tal que delicía tanto a plebe pseudo-intelectual como o espectador proletário viciado nos Malucos do Riso...