Sophie Scholl, uma miúda de 21 anos, membra do grupo White Rose, um grupo de resistência estudantil, organizava com o seu irmão, Hans, a resistência anti-germânica, criando e distribuindo folhetos panfletários de propaganda anti-nazi, anti-imperialista, pró-humana e universalista. Apanhados pela Gestapo em plena distribuição, foram acusados de «alta traição» e «desmoralização de tropas» e, juntamente com outros, foram condenados à morte por guilhotina no mesmo dia do julgamento. Em pleno julgamento, Scholl acusou os Nazis de terem «uma visão distorcida» do poder, anti-semita e ariana e que a Alemanha nunca iría ganhar a guerra, apenas tendo poder para "prolongá-la", causando milhares de vítimas inocentes devido ao crescimento do poder armado inglês e americano.
Isto em 1943, a 2 anos do fim da guerra.
2 anos depois de ser condenada à morte pelo Führer confirmou-se a "teoria" dela, em 1945: A Alemanha perdia a guerra, milhões (e não milhares) de soldados mortos, o Holocausto descoberto. Sophie não morreu em vão. Como tantos, lutou pela liberdade de expressão, corajosamente, dentro do regime político mais bárbaro de sempre.
Sophie Scholl - Die letzen tage, 2005. Um bom filme, todo baseado em interrogatórios e tribunais, com interrogador e interrogada a esgrimir argumentos ideológicos e políticos pró e anti-nazi. Uma luta desigual, pois o machado tá sempre no lado do carrasco e o balde sempre no lado da cabeça da vítima. Uma história de martírio em prole da humanidade. Tal como Anne Frank, Sophie Scholl não pode ser esquecida. E se ninguém gosta de ler história, o cinema tratará da perpetuar o seu nome.
A verdadeira Sophie Scholl.
Hans e Sophie Scholl.
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