United 93. O avião que não atingiu o «alvo», como os outros. E o mundo nunca mais sería o mesmo. Terror. Puro terror. Os últimos 15 ou 20 minutos deixam-nos praticamente sem fôlego, apesar de sabermos o fim. O terror é real. A realização de Paul Greengrass é perfeita, adoro as pequenas subtilezas da câmera ao filmar o exterior do avião, dando-nos uma dimensão aproximada de realismo e dos planos contidos, quase de "hidden-cam", ao filmar os reféns a telefonar aos familiares, quase dando privacidade aos mesmos. O ambiente é o mais intenso alguma vez filmado neste género, filmado em tempo real, onde sentimos adrenalina a sair pelos poros da pele e, também, completamente frustrados sem poder fazer nada, como se estivéssemos a saltar do céu sem pára-quedas. Grande, grande filme. Não é apenas um filme sobre o 11 de Setembro ou sobre o terrorismo: é sobre o terror em si, o medo da morte e a completa frustração em combater tudo isto. Não vejam este filme em casa. Vejam no cinema. Vale a pena.
O melhor: Dentro do avião, o líder dos terroristas, sentado na cadeira, olha para fora da janela e vê as torres gémeas ainda intactas, suspira e fecha os olhos. A previsibilidade do fim não consegue apagar a angústia. Realização soberba. Os últimos minutos.
O pior: Haver motivos para se fazer um filme deste tipo. Mau para a humanidade. Bom para o cinema.
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