Há uma falsa divisão na sociedade portuguesa entre optmistas e pessimistas. A meu ver só há dois tipos de portugueses: os saudosistas, aqueles para quem o "antes" é que era bom e os conformistas, aqueles do "nunca pior" ou "vai-se andando".
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As mulheres nunca dizem o que pensam. Os homens nunca dizem o que sentem. Por isso há divórcios.
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A taxa de divórcios em Portugal já ronda os 50%. Ou mais. Porquê? Há várias teorias. A minha é directamente copiada de Oscar Wilde: As mulheres casam-se porque têm curiosidade. Os homens porque estão aborrecidos. Ambos se enganam.
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Agosto. 2006. O cenário é o mesmo todos os anos: Metade do país a arder com os incêndios e a outra metade a passar férias no Algarve. Resultado: Nunca se vê um bombeiro na praia.
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Os crimes passionais vão de vento em popa. Segundo noticias oficiais, as mulheres continuam a ser baleadas, esfaqueadas e queimadas pelos maridos, que depois se matam ou entregam-se às autoridades. Assim vai o casamento em Portugal: metade divorcia-se, a outra metade vai aguentando até que um dia «a morte» os separe.
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O barril de petróleo já está estabilizado nos 70 dólares por barril e, se o caso se agravar, há estudos que apontam para que o preço suba aos 250 dólares. Sinal de crise? Sim, mas só de consciência. Quem tem dinheiro para telemóveis tem dinheiro para gasolina. Ou como dizia o meu orientador na universidade: "Quem tem dinheiro para um carro tem dinheiro para um táxi".
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Lentamente, pé ante pé, vai sendo proibido fumar em tudo o que é sítio, lugares fechados e não fechados, cafés, pubs, etc. A ideia de «poupar» os fumadores passivos já não pega. Agora entendo a ideia maquiavélica que está por trás disto tudo. Primeiro começa-se a pôr rótulos nos maços de tabaco a dizer "fumar mata" ou "provoca impotência" e mata as próximas gerações. Depois começa-se a proibir a venda a menores de 18 anos. Depois passa a ser totalmente proibido fumar nos locais de trabalho. Motivo? «Poupar» os que não fumam, porque sofrem e não têm culpa nenhuma. Ainda se pensou em horrorizar as pessoas com fotos nos maços de pulmões pretos e cancerosos, com efeitos especiais e afins. E por aí em diante até um dia, que está para breve, ser proibido fumar de todo.
Qual é a ideia? Transformar o país num lugar de "saudáveis" e "não saudáveis" ao puro estilo nazi ariano! Como? Acabando pura e simplesmente não com o fumo mas com os fumadores, por exclusão social, visto que ainda não foram construídos gethos nem campos de concentração. Todos os fumadores vão ser apontados a dedo, expulsos de restaurantes, das tabernas, olhados de lado na rua, tratados como se fossem cancerosos ambulantes ou como máquinas de fumo, podendo até chegar ao limite de serem carimbados, como o gado, com um ferro quente na testa com o formato duma beata.
A desumanização social começa em marcha lenta. Quem nunca fumou um cigarro que atire o primeiro maço de Ventil! O fascismo higiénico dos "saudáveis" está e veio para ficar. Já há planos para a construção de cameras de gás e campos de trabalho. Já não é uma conspiração. Os fumadores são os « judeus» do séc XXI. Ainda vamos assitir a um êxodo de proporções bíblicas de fumadores a atravessar o deserto em fuga, todos escondidos da ira divina do estado. Todos, activos e passivos: toda a gente que acuse mais de 0,1 mlg de nicotina pode já começar a saltar a fronteira, ao estilo canguru, para o exercício fazer bem à saúde!
Os fumadores vão ser analisados pelos historiadores como a peste negra do séc. XXI. Toda a gente vai começar a olhar para trás antes de dar uma passa. É que pode ser a última. E não é por falta de aviso. De facto, há já muito tempo que em todos os maços diz que fumar «mata».
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