Mais uma brilhante comédia para nos deixar bem connosco mesmo e com a vida. Um filme fluído, encorpado, com sabor agri-doce a fruta fresca, que se dissolve no paladar, e que vai envelhecer muito bem nas adegas cinéfilas dos consumidores. Um filme para saborear. Paul Giamatti excelente. Excelente mesmo.
Nem todos filmes podem ser como O Bom Rebelde. Mas este Proof até podia ser um grande filme, e em certa medida até é, mas tirando as fabulosas interpretações de Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow, fica muito pouco: uma boa história e uma boa realização de John Madden, que fez aquela porcaria xaroposa chamada Paixão de Shakespeare, um drama intenso mas que no fim nos deixa indiferentes. Madden não falha o «alvo» mas também não acerta no meio. As melhoras!
Morgan Spurlock, o homem que estão a ver aqui na capa do filme Supersize Me, a abocanhar perto de 2 kilos de batatas fritas e com os olhos esbugalhados só de imaginar qual será o aspecto daquilo tudo «à saída», arrisca tese conhecida e pisa terreno muito calcado na compreensão generalizada sobre os hábitos alimentares dos americanos: a de que a alta taxa de obesidade se deve ao consumo massificado de fast-food. E acredita tanto nisto que pôs a sua vida em risco na elaboração deste filme-documentário, ao filmar-se a si mesmo a comer nada mais do que tudo o que há nos Macdonald's, 3 vezes ao dia, durante 30 dias, sempre em tamanho "supersize", culminando num enorme perigo para a sua vida. Uma viagem glutónica sobre a cultura de fast-food americana. Um filme irreverente, não tão polémico como Bowling for Columbine, mas que pode vir a agitar algumas consciências. Mas não muito.
1 comentário:
Ya, o Proof é com certos namoros: tirando as excelentes interpretações de ambos os namorados, o fim desilude sempre!
LOL
Beijos
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