Falando em Gula, aqui fica aquele que é o maior filme alguma vez feito sobre a Gula, La Grande Bouffe (1973), de Marco Ferreri, o filme onde 4 indivíduos (entre os quais o grande Marcello Mastroianni e Philippe Noiret (que fez de Pablo Neruda no filme O Carteiro de Pablo Neruda) decidem ir para uma casa de campo cometer suicídio de forma original: comer até à morte. Este filme costumava passar, muito raramente, no canal :2, a altas horas da madrugada. Pede-se o regresso da trupe comilona ao ecrãn. Luxúria, Gula, Suícidio. Um grande filme. Um mau exemplo. Para ver, afrontadamente, com dois kilos de sacos de enjôo daqueles dos aviões e 2 «six-pack» de águas das pedras-salgadas no cólo.
Depois de ver-se o filme fica a pergunta no ar: Será que eles faziam intervalo para almoçar?
29.8.06
Pequenos prazeres: Café e nata!
Uma das melhores combinações do mundo é, sem dúvida, como no filme de Jim Jarmuch, café e cigarros. Dizem-me, quem os toma e quem os fuma. A minha preferida é café, sim, e se possível, o delicioso Buondi ou Lavazza, acompanhado não por 2 pregos da marlboro mas por um cremoso e estaladiço pastel de nata. Um casamento perfeito de sabores que, nos casos de maior boémia, pode ser traído ou completado com umas baforadas de cigarro. Pessoalmente, gosto de finalizar o café com umas dentadas no corpinho rechonchudo duma nata, acabadinha de sair do forno, fazendo sempre aqueles ruídos de mastigação orgasmáticos de prazer assumido sem vergonha.
Gosto de cafés. Gosto de natas. É verdade. Tomar café e juntar-lhe uma nata estaladiça com uma pitada de canela (um pequeno toque de requinte culinário) é o casamento perfeito, sem possibildade de infidelidade ou aparente divórcio - um casamento para a vida até que o colesterol elevado os separe!
Casas há que façam as natas de forma tradicional, sublime e crepitante: aqui perto de minha casa há uma confeitaria, a Quinta dos Bispos, que as confecciona de forma divinal, umas vezes com um travo adocicado a limão, noutras vezes, em dias de menos inspiração, com um sabor estranhamente neutro, somente açucaradas, tendo que se fazer cair um pequena chuvinha de canela para dar aquele toque glutónico de requinte para aperfeiçoar a degustação. Já percorri algumas confeitarias em busca do pastel de nata perfeito para combinar com o café. Gaia e Porto. Já encontrei de tudo: natas rançosas, natas do dia anterior, pastosas, secas e duras, etc. Cafés é o que se sabe: por muito fraquinho que seja, lá vem a natita cremosa para redimi-lo. Gosto. Gosto muito.
O meu pai ainda completa a trilogia pecaminosa com umas baforadas de tabaco, de forma pausada e reflexiva, para não perturbar a harmonia interior. É um começo. É uma filosofia de vida.
Há quem beba descafeínado (uma mariquice), café cheio (outra mariquice, só que mal disfarçada), pingo (nem vou comentar este), carioca de café (mais parece a versão gay dos cafés, uma espécie de café light) e, horror dos horrores, carioca de limão - que só bebo, mea culpa, em dias em que não posso tomar café, uma água fervida com uma raquítica casca de limão, uma espécie de digestivo medieval para pobres. Não é a mesma coisa. Não é café. Água quente é para lavar os pés ou para combater, nos ditos antigos, diarreias mais agressivas (já repararam que, sem pretender escrever um texto humorístico, consegui juntar no mesmo texto natas e diarreia, o que é um caso incomum e sem precedentes na blogosfera portuguesa) ou dar uma enxaguadela aos intestinos (lá está, «intestinos», outra pérola de humor bem utilizada para não ferir consciências, evitando o uso de termos mais brejeiros como «esfíncter» ou «tripas»).
Não fumo, mas admito que uma cigarrada depois de tomar café deve saber pela vida, com aquele sentido de transgressão inerente ao tabaco, visto que se tornou hoje em dia políticamente incorrecto fumar onde quer que seja mas, para mim, não tem aquele pecadozinho da gula que só uma nata cremosa e estaladiça pode proporcionar ao espírito pecador, ainda incompleto com a dose de cafeína ingerida.
Café e nata: um pequeno-grande prazer. Tem que satisfazer completamente, e nunca menos do que isso, senão não é digno do adjectivo.
Gosto de cafés. Gosto de natas. É verdade. Tomar café e juntar-lhe uma nata estaladiça com uma pitada de canela (um pequeno toque de requinte culinário) é o casamento perfeito, sem possibildade de infidelidade ou aparente divórcio - um casamento para a vida até que o colesterol elevado os separe!
Casas há que façam as natas de forma tradicional, sublime e crepitante: aqui perto de minha casa há uma confeitaria, a Quinta dos Bispos, que as confecciona de forma divinal, umas vezes com um travo adocicado a limão, noutras vezes, em dias de menos inspiração, com um sabor estranhamente neutro, somente açucaradas, tendo que se fazer cair um pequena chuvinha de canela para dar aquele toque glutónico de requinte para aperfeiçoar a degustação. Já percorri algumas confeitarias em busca do pastel de nata perfeito para combinar com o café. Gaia e Porto. Já encontrei de tudo: natas rançosas, natas do dia anterior, pastosas, secas e duras, etc. Cafés é o que se sabe: por muito fraquinho que seja, lá vem a natita cremosa para redimi-lo. Gosto. Gosto muito.
O meu pai ainda completa a trilogia pecaminosa com umas baforadas de tabaco, de forma pausada e reflexiva, para não perturbar a harmonia interior. É um começo. É uma filosofia de vida.
Há quem beba descafeínado (uma mariquice), café cheio (outra mariquice, só que mal disfarçada), pingo (nem vou comentar este), carioca de café (mais parece a versão gay dos cafés, uma espécie de café light) e, horror dos horrores, carioca de limão - que só bebo, mea culpa, em dias em que não posso tomar café, uma água fervida com uma raquítica casca de limão, uma espécie de digestivo medieval para pobres. Não é a mesma coisa. Não é café. Água quente é para lavar os pés ou para combater, nos ditos antigos, diarreias mais agressivas (já repararam que, sem pretender escrever um texto humorístico, consegui juntar no mesmo texto natas e diarreia, o que é um caso incomum e sem precedentes na blogosfera portuguesa) ou dar uma enxaguadela aos intestinos (lá está, «intestinos», outra pérola de humor bem utilizada para não ferir consciências, evitando o uso de termos mais brejeiros como «esfíncter» ou «tripas»).
Não fumo, mas admito que uma cigarrada depois de tomar café deve saber pela vida, com aquele sentido de transgressão inerente ao tabaco, visto que se tornou hoje em dia políticamente incorrecto fumar onde quer que seja mas, para mim, não tem aquele pecadozinho da gula que só uma nata cremosa e estaladiça pode proporcionar ao espírito pecador, ainda incompleto com a dose de cafeína ingerida.
Café e nata: um pequeno-grande prazer. Tem que satisfazer completamente, e nunca menos do que isso, senão não é digno do adjectivo.
Cantinho da cinefilia: Sai um Hamburger, uma zurrapa de tintol e alguém que perceba de matemática para pagar isto!!
Mais uma brilhante comédia para nos deixar bem connosco mesmo e com a vida. Um filme fluído, encorpado, com sabor agri-doce a fruta fresca, que se dissolve no paladar, e que vai envelhecer muito bem nas adegas cinéfilas dos consumidores. Um filme para saborear. Paul Giamatti excelente. Excelente mesmo.
Nem todos filmes podem ser como O Bom Rebelde. Mas este Proof até podia ser um grande filme, e em certa medida até é, mas tirando as fabulosas interpretações de Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow, fica muito pouco: uma boa história e uma boa realização de John Madden, que fez aquela porcaria xaroposa chamada Paixão de Shakespeare, um drama intenso mas que no fim nos deixa indiferentes. Madden não falha o «alvo» mas também não acerta no meio. As melhoras!
Morgan Spurlock, o homem que estão a ver aqui na capa do filme Supersize Me, a abocanhar perto de 2 kilos de batatas fritas e com os olhos esbugalhados só de imaginar qual será o aspecto daquilo tudo «à saída», arrisca tese conhecida e pisa terreno muito calcado na compreensão generalizada sobre os hábitos alimentares dos americanos: a de que a alta taxa de obesidade se deve ao consumo massificado de fast-food. E acredita tanto nisto que pôs a sua vida em risco na elaboração deste filme-documentário, ao filmar-se a si mesmo a comer nada mais do que tudo o que há nos Macdonald's, 3 vezes ao dia, durante 30 dias, sempre em tamanho "supersize", culminando num enorme perigo para a sua vida. Uma viagem glutónica sobre a cultura de fast-food americana. Um filme irreverente, não tão polémico como Bowling for Columbine, mas que pode vir a agitar algumas consciências. Mas não muito.
Nem todos filmes podem ser como O Bom Rebelde. Mas este Proof até podia ser um grande filme, e em certa medida até é, mas tirando as fabulosas interpretações de Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow, fica muito pouco: uma boa história e uma boa realização de John Madden, que fez aquela porcaria xaroposa chamada Paixão de Shakespeare, um drama intenso mas que no fim nos deixa indiferentes. Madden não falha o «alvo» mas também não acerta no meio. As melhoras!
Morgan Spurlock, o homem que estão a ver aqui na capa do filme Supersize Me, a abocanhar perto de 2 kilos de batatas fritas e com os olhos esbugalhados só de imaginar qual será o aspecto daquilo tudo «à saída», arrisca tese conhecida e pisa terreno muito calcado na compreensão generalizada sobre os hábitos alimentares dos americanos: a de que a alta taxa de obesidade se deve ao consumo massificado de fast-food. E acredita tanto nisto que pôs a sua vida em risco na elaboração deste filme-documentário, ao filmar-se a si mesmo a comer nada mais do que tudo o que há nos Macdonald's, 3 vezes ao dia, durante 30 dias, sempre em tamanho "supersize", culminando num enorme perigo para a sua vida. Uma viagem glutónica sobre a cultura de fast-food americana. Um filme irreverente, não tão polémico como Bowling for Columbine, mas que pode vir a agitar algumas consciências. Mas não muito.
28.8.06
UNITED 93: O drama, a tragédia, o horror! (e, já agora, um dos filmes do ano!
United 93. O avião que não atingiu o «alvo», como os outros. E o mundo nunca mais sería o mesmo. Terror. Puro terror. Os últimos 15 ou 20 minutos deixam-nos praticamente sem fôlego, apesar de sabermos o fim. O terror é real. A realização de Paul Greengrass é perfeita, adoro as pequenas subtilezas da câmera ao filmar o exterior do avião, dando-nos uma dimensão aproximada de realismo e dos planos contidos, quase de "hidden-cam", ao filmar os reféns a telefonar aos familiares, quase dando privacidade aos mesmos. O ambiente é o mais intenso alguma vez filmado neste género, filmado em tempo real, onde sentimos adrenalina a sair pelos poros da pele e, também, completamente frustrados sem poder fazer nada, como se estivéssemos a saltar do céu sem pára-quedas. Grande, grande filme. Não é apenas um filme sobre o 11 de Setembro ou sobre o terrorismo: é sobre o terror em si, o medo da morte e a completa frustração em combater tudo isto. Não vejam este filme em casa. Vejam no cinema. Vale a pena.
O melhor: Dentro do avião, o líder dos terroristas, sentado na cadeira, olha para fora da janela e vê as torres gémeas ainda intactas, suspira e fecha os olhos. A previsibilidade do fim não consegue apagar a angústia. Realização soberba. Os últimos minutos.
O pior: Haver motivos para se fazer um filme deste tipo. Mau para a humanidade. Bom para o cinema.
O melhor: Dentro do avião, o líder dos terroristas, sentado na cadeira, olha para fora da janela e vê as torres gémeas ainda intactas, suspira e fecha os olhos. A previsibilidade do fim não consegue apagar a angústia. Realização soberba. Os últimos minutos.
O pior: Haver motivos para se fazer um filme deste tipo. Mau para a humanidade. Bom para o cinema.
26.8.06
Calor, bebidas frescas, umas horinhas deitado à sombra: Vai um livro?
Leio O Inquisidor, de Valerio Evangelisti, uma mistura de história, thriller político e física quântica e recomendo a toda a gente que adora romance histórico ao puro estilo Nome da Rosa, mas com mais imaginação, aliás, pura e fantasiosa, combinado passado, presente e futuro. A personagem principal é Nicolau Eymerich, um padre dominicano que é, nada mais nada menos que, o autor do primeiro «Directorium Inquisitorum», isto é, o primeiro Manual de Inquisição em 1376, a bíblia de todos os reais queimanços na praça pública, de bruxas e afins. Eymerich era mau e cruel, leia-se: com um sentido muito próprio de justiça. Foi o primeiro a incluír as torturas nos interrogatórios, chegando a perfurar a língua do povo herege com um prego (criando assim o primeiro piercing da história!?), entre outros requintes de malvadez, para que confessassem os pecados e renunciassem ao chifrudo. Foi também o primeiro inquisidor a contornar a lei do Estado que proibia uma "segunda tortura" para a mesma pessoa, visto que a primeira não dava o «resultado pretendido», o que era chato para o pobre blasfemo, a quem já não bastou ser arrancada a pele das costas a sangue frio e agora vai ter que ser esticado, por pés e mãos, até aos 2,20m no cavalete. O Inquisidor, o livro, não relata nada disto, revelando apenas o início, de forma ficcional, de como Eymerich chegou ao Poder («Poder» com «P» grande, porque a Igreja tinha poder político, não havendo separação entre Igreja e Estado) e com enorme perspicácia, manha e inteligência descortinou e resolveu um mistério pagão que assombrava o poder religioso da altura.
Muita gente morreu nas chamas quentes, fumegantes e redentoras da Santa Inquisição. Em nome de Deus, perseguia-se, torturava-se, absolvia-se, matava-se e salvava-se, quer pelo fogo, quer pela penitência e pela expiação. No entanto, e a título de curiosidade, se quiserem saber como se desenvolvia todo o processo de inquisição,naveguem nesta página. Vale bem a pena.
Muita gente morreu nas chamas quentes, fumegantes e redentoras da Santa Inquisição. Em nome de Deus, perseguia-se, torturava-se, absolvia-se, matava-se e salvava-se, quer pelo fogo, quer pela penitência e pela expiação. No entanto, e a título de curiosidade, se quiserem saber como se desenvolvia todo o processo de inquisição,naveguem nesta página. Vale bem a pena.
24.8.06
Um clube de vídeo novo aqui na terrinha deu-me para ver mais dois filmezinhos catitas!
Os últimos dias duma estrela de música grunge de Seattle. Depois do sucesso, dos milhões, da toxico-dependência, um filme sobre os últimos dias que antecederam o suicídio de Kurt Cobain. Van Sant apresenta-nos para a mesa um prato extremamente frio. Os ingredientes não são bonitos: uma pázada de solidão, um frasco inteiro de insanidade, duas colheradas de abandono e suicídio para sobremesa. Cobain veste-se de mulher, nada no rio, come cereais enquanto fuma, toca guitarra, etc. Um filme minimalista, cheio de silêncios, poucas palavras, corpos a cair no chão, na cama e uma alma que se vai deteriorando lentamente até à libertação final pelos canos fumegantes duma caçadeira nos miolos.
O melhor do filme é uma mulher que lhe diz: "Não estás farto de ser mais um cliché do rock?"
Cobain, já com o cérebro entorpecido da ressaca, não responde. Nem um sorriso. Ele «era», para todos os efeitos.
Toda a gente diz que o filme é uma seca. Eu não acho. É cinema puro e bruto, sem texto e floreados românticos, sem moral ou explicações. No fim, não se apuram responsabilidades para a morte de Cobain e, como em todos os clichés do Rock & Roll, a culpa morre solteira. Claro que o filme não faz justiça à biografia de Kurt Cobain ou à banda e ao sucesso; trata-se somente em explorar friamente os últimos dias de Kurt Cobain e dos seus devaneios insanos até ao crepúsculo final. Não há brilho, não há glamour, não há alegria, o fim é mau e depressivo. Nisso Van Sant é brilhante, como já foi em Elephant. Não se pode pedir mais a quem já fez tudo. Objectivo cumprido.
O melhor do filme é uma mulher que lhe diz: "Não estás farto de ser mais um cliché do rock?"
Cobain, já com o cérebro entorpecido da ressaca, não responde. Nem um sorriso. Ele «era», para todos os efeitos.
Toda a gente diz que o filme é uma seca. Eu não acho. É cinema puro e bruto, sem texto e floreados românticos, sem moral ou explicações. No fim, não se apuram responsabilidades para a morte de Cobain e, como em todos os clichés do Rock & Roll, a culpa morre solteira. Claro que o filme não faz justiça à biografia de Kurt Cobain ou à banda e ao sucesso; trata-se somente em explorar friamente os últimos dias de Kurt Cobain e dos seus devaneios insanos até ao crepúsculo final. Não há brilho, não há glamour, não há alegria, o fim é mau e depressivo. Nisso Van Sant é brilhante, como já foi em Elephant. Não se pode pedir mais a quem já fez tudo. Objectivo cumprido.
O que andei à procura deste filme, Les Triplettes de Belleville, mais conhecido por Belleville Rendez-Vous, obra premiada de Sylvain Chomet. Finalmente encontrei-o quando me fiz sócio no novo clube de vídeo aqui da zona, a 2o passos de minha casa. Mais uma pérola. A ver.
23.8.06
Um grande filme para este verão. Até breve!
Patrícia: tens de ver este filme e, conhecendo-te como conheço, acho que vais gostar. Elizabethown de Cameron Crowe, realizador de Almost Famous, outra genial obra-prima. É muito muito, muito, muito bom. Completamente original, emocionante e muito humano.
Mas também gostava que mais ninguém soubesse disso.
Só tu.
Beijos.
Mas também gostava que mais ninguém soubesse disso.
Só tu.
Beijos.
A família: jantaradas, mocas e saudades neste verão!
Um dos maiores prazeres do mundo não é só fazer novos amigos, que também é uma coisa sublime per si: é rever os bons e velhos amigos, os de sempre, os da infância, os da escola, os que nos "levavam ao poste", os que nos engatavam miúdas, arranjavam tabaco, pagavam a bilharada e emprestavam todo o arsenal porno que tinham escondido, os que copiavam de nós nos exames, os que nos obrigavam a fazer os trabalhos de casa sob pena de ir para casa com "um olho à belenenses". É tão engraçado. Todas as frases começam sempre com "e lembras-te daquela vez em que nós...". Sempre. Só um bom amigo trás boas recordações. O mais estranho de tudo, agora que estamos juntos e tão perto uns dos outros afinal de tudo, é que chegamos à conclusão que nunca nos esquecemos uns dos outros, apesar da separação nos ter feito pensar o contrário, que nos tinham esquecido ou abandonado ou que seríamos apenas um ser do passado plantado num ábum de fotografias. Não. Não somos. Estamos todos aqui. E somos os mesmos, na essência, nunca mudamos, o cabelo cai, a barriga avoluma-se, as namoradas desaparecem sem deixar rasto, os filhos já nos dão pelos joelhos, mas no fundo, no fundo, somos os mesmos sacanas de sempre, sempre a fugir ou a lutar, sempre a "ir ao poste" ou a levar outros ao poste. Somos putos envelhecidos, chavalos com rugas, putos ranhosos com brancas.
Sim. Trabalhamos e ganhamos dinheiro e gastamos ajuizadamente na prestação da casa ou do carro da amante mas, no fundo, no fundo, só queremos é estourar a mesada inteira em «chiclas gorila», gelados de 20 cêntimos e sacos com dois quilos de gomas que tem de caber nos bolsos, atirar farinha à tótó da turma que faz anos hoje, tocar às campainhas e fugir.
Sim, temos carros, mas não queremos ir para o trabalho neles ou passear: queremos é andar aos carrinhos de choque na IP5, queremos sacar piões e fugir da bófia a beber imperiais pelo caminho. Mas não fazemos nada disso. Trabalhamos, casamos, procriamos. Envelhecemos. E criamos uma família que chamamos nossa e à qual nunca iremos realmente pertencer. A nossa familia são as pessoas que amamos e detestamos, é aquele puto gordo que não consegue saltar no trampolim nas aulas de educação física, é aquela rapariga magrita de óculos de fundo de garrafa, é aquela gorducha cheia de acne, é aquele gordo de 2 metros com a barriga do tamanho dum barril de petróleo, que enfia os caloiros no caixote do lixo, é aquele homem que nos vem contar a luz em casa.
A minha familia és TU.
É isto. A nossa família. Não a que nos criou. Mas a que nós criamos todos juntos. Família não é um grupo de individuos do mesmo sangue com os quais vivemos e fomos criados. Família são todos os que amamos e vivem dentro de nós. Família é o "próximo" a que a Bíblia se refere. E o próximo sou eu e és tu. Somos nós. E estamos aqui.
Mesmo dizendo isto em que acredito, continuo a não saber responder à pergunta "o que é viver?" Mas gostava de deixar à consideração uma pequena pista: é preciso viver de forma a fazer viver os outros. Será filosófico de mais ou percebe-se bem?
(Para a Betinha, Jorginho, Marta e Nuno, Patrícia e Franklin). E para o Leonel e Luzia que casam dia dois de Setembro. Felicidades aos noivos e lá estaremos se tudo correr bem.
Sim. Trabalhamos e ganhamos dinheiro e gastamos ajuizadamente na prestação da casa ou do carro da amante mas, no fundo, no fundo, só queremos é estourar a mesada inteira em «chiclas gorila», gelados de 20 cêntimos e sacos com dois quilos de gomas que tem de caber nos bolsos, atirar farinha à tótó da turma que faz anos hoje, tocar às campainhas e fugir.
Sim, temos carros, mas não queremos ir para o trabalho neles ou passear: queremos é andar aos carrinhos de choque na IP5, queremos sacar piões e fugir da bófia a beber imperiais pelo caminho. Mas não fazemos nada disso. Trabalhamos, casamos, procriamos. Envelhecemos. E criamos uma família que chamamos nossa e à qual nunca iremos realmente pertencer. A nossa familia são as pessoas que amamos e detestamos, é aquele puto gordo que não consegue saltar no trampolim nas aulas de educação física, é aquela rapariga magrita de óculos de fundo de garrafa, é aquela gorducha cheia de acne, é aquele gordo de 2 metros com a barriga do tamanho dum barril de petróleo, que enfia os caloiros no caixote do lixo, é aquele homem que nos vem contar a luz em casa.
A minha familia és TU.
É isto. A nossa família. Não a que nos criou. Mas a que nós criamos todos juntos. Família não é um grupo de individuos do mesmo sangue com os quais vivemos e fomos criados. Família são todos os que amamos e vivem dentro de nós. Família é o "próximo" a que a Bíblia se refere. E o próximo sou eu e és tu. Somos nós. E estamos aqui.
Mesmo dizendo isto em que acredito, continuo a não saber responder à pergunta "o que é viver?" Mas gostava de deixar à consideração uma pequena pista: é preciso viver de forma a fazer viver os outros. Será filosófico de mais ou percebe-se bem?
(Para a Betinha, Jorginho, Marta e Nuno, Patrícia e Franklin). E para o Leonel e Luzia que casam dia dois de Setembro. Felicidades aos noivos e lá estaremos se tudo correr bem.
10.8.06
E agora..férias!!
Avisam-se os estimados clientes que este establecimento vai encerrar para férias, no qual este pobre escriba vai aproveitar o tempo para matar este calor a beber algumas caipirinhas, tirar umas sestas, ir a uns casamentos, comer bastante, andar atrás das raparigas, escalar o monte everest, etc, viajar, fazer alguma pesquisa de campo ou de praia e gozar uns tempos de merecida boémia e pura borga. Voltaremos, se tudo permitir, ao primeiro cair das folhas de outono ou com a primeira geada fesquinha de inverno, ao aconchego da blogomania. Até lá...
Um excelente álbum para ouvir neste verão quente!
I am a bird now dos Antony and The Johnsons, 2005. Isto é música. Muito boa música. Melancolia, ansiedade e desespero miúdinho na voz taciturna de Antony and the Johnsons a pôr o dedo na ferida da pop actual. Um álbum que nos apanha completamente desprevenidos e que nos desarma completamente todas as defesas que julgavamos que tinhamos.
Para a Patrícia e para a Aida.
8.8.06
Calor, Amor e Morte: Portugal no seu melhor!
Há uma falsa divisão na sociedade portuguesa entre optmistas e pessimistas. A meu ver só há dois tipos de portugueses: os saudosistas, aqueles para quem o "antes" é que era bom e os conformistas, aqueles do "nunca pior" ou "vai-se andando".
*
As mulheres nunca dizem o que pensam. Os homens nunca dizem o que sentem. Por isso há divórcios.
*
A taxa de divórcios em Portugal já ronda os 50%. Ou mais. Porquê? Há várias teorias. A minha é directamente copiada de Oscar Wilde: As mulheres casam-se porque têm curiosidade. Os homens porque estão aborrecidos. Ambos se enganam.
*
Agosto. 2006. O cenário é o mesmo todos os anos: Metade do país a arder com os incêndios e a outra metade a passar férias no Algarve. Resultado: Nunca se vê um bombeiro na praia.
*
Os crimes passionais vão de vento em popa. Segundo noticias oficiais, as mulheres continuam a ser baleadas, esfaqueadas e queimadas pelos maridos, que depois se matam ou entregam-se às autoridades. Assim vai o casamento em Portugal: metade divorcia-se, a outra metade vai aguentando até que um dia «a morte» os separe.
*
O barril de petróleo já está estabilizado nos 70 dólares por barril e, se o caso se agravar, há estudos que apontam para que o preço suba aos 250 dólares. Sinal de crise? Sim, mas só de consciência. Quem tem dinheiro para telemóveis tem dinheiro para gasolina. Ou como dizia o meu orientador na universidade: "Quem tem dinheiro para um carro tem dinheiro para um táxi".
*
Lentamente, pé ante pé, vai sendo proibido fumar em tudo o que é sítio, lugares fechados e não fechados, cafés, pubs, etc. A ideia de «poupar» os fumadores passivos já não pega. Agora entendo a ideia maquiavélica que está por trás disto tudo. Primeiro começa-se a pôr rótulos nos maços de tabaco a dizer "fumar mata" ou "provoca impotência" e mata as próximas gerações. Depois começa-se a proibir a venda a menores de 18 anos. Depois passa a ser totalmente proibido fumar nos locais de trabalho. Motivo? «Poupar» os que não fumam, porque sofrem e não têm culpa nenhuma. Ainda se pensou em horrorizar as pessoas com fotos nos maços de pulmões pretos e cancerosos, com efeitos especiais e afins. E por aí em diante até um dia, que está para breve, ser proibido fumar de todo.
Qual é a ideia? Transformar o país num lugar de "saudáveis" e "não saudáveis" ao puro estilo nazi ariano! Como? Acabando pura e simplesmente não com o fumo mas com os fumadores, por exclusão social, visto que ainda não foram construídos gethos nem campos de concentração. Todos os fumadores vão ser apontados a dedo, expulsos de restaurantes, das tabernas, olhados de lado na rua, tratados como se fossem cancerosos ambulantes ou como máquinas de fumo, podendo até chegar ao limite de serem carimbados, como o gado, com um ferro quente na testa com o formato duma beata.
A desumanização social começa em marcha lenta. Quem nunca fumou um cigarro que atire o primeiro maço de Ventil! O fascismo higiénico dos "saudáveis" está e veio para ficar. Já há planos para a construção de cameras de gás e campos de trabalho. Já não é uma conspiração. Os fumadores são os « judeus» do séc XXI. Ainda vamos assitir a um êxodo de proporções bíblicas de fumadores a atravessar o deserto em fuga, todos escondidos da ira divina do estado. Todos, activos e passivos: toda a gente que acuse mais de 0,1 mlg de nicotina pode já começar a saltar a fronteira, ao estilo canguru, para o exercício fazer bem à saúde!
Os fumadores vão ser analisados pelos historiadores como a peste negra do séc. XXI. Toda a gente vai começar a olhar para trás antes de dar uma passa. É que pode ser a última. E não é por falta de aviso. De facto, há já muito tempo que em todos os maços diz que fumar «mata».
7.8.06
As Misteriosas cidades de ouro!!
As Misteriosas Cidades de Ouro, uma das séries de animação de referência dos anos 80, que passou em Portugal em 1985 e que nos prendia à televisão. Era grande a qualidade da animação que nós víamos, sem paralelo nos dias de hoje. Para quem tem saudades da música do genérico pode ouvir aqui, com karaoke e tudo.
5.8.06
Duques, escudeiros, aias e milhares e milhares de plebeus: Viagem ao passado em Santa Maria da Feira!
(Carro dos Loucos, Feira Medieval, Santa Maria da Feira)
De Vila Nova de Gaya, situada a sul do Condado Portucalense, saíu hoje D. Nelson Mendez, Duque da Casa Real de Seus Pais, pois mora com eles, numa jornada em carro de ferro com potência de algumas dezenas de cavalos com destino a Santa Maria da Feira, por altura da famosa Feira Medieval, local de encontro anual de milhares de servos da gleba e nobres de todo o país que ali rumam com o intuito de encher a real pança a odres de zurrapa, servidos pela plebe do costume.
Por todo o lado há barracas com brindes e chás para todos os males, tabernas de comes e bebes, estalagens medievais, prisões, capelas, cuspidores de fogo, malabaristas e bobos da corte, duelos entre nobres a cavalo, toda a sorte de jogos medievais, arqueiros, aias vestidas de branco e, as minhas preferidas, barracas com assadores de javalis e porcos inteiros no espeto, a girar alegremente sobre as brasas quentinhas e fumegantes, já todos lascadinhos nas coxas e no lombinho e barracas com barris de sangria fresquinha e ginginha que provei num pequeno copinho de madeira que trouxe como recordação.
Comi as mui-deliciosas e universalmente conhecidas Fogaças, um doce regional de Santa Maria da Feira, que comprei na famosa Confeitaria Castelo, cuja história do doce remonta à tradicional Festa das Fogaceiras, nos meados dos séc. XVI, num voto feito pelo povo e pelos condes ao Mártir S. Sebastião em 1505, para que os livrasse da Peste.
E lá ía eu a «jornadear», um pobre duque sem escudeiro para carregar o barril de cerveja durante o percurso, sempre à cusca duma donzela em perigo eminente que precisasse ser salva das garras dum espadachim mais bebido ou duma aia voluptuosa, mais entradota na idade, farta de carnes, com mamas que até dão para segurar um pequeno barril de ginja no meio - e que me fizesse abandonar o eremitério duma vez por todas-, entretido e completamente deslumbrado pela fabulosa recriação histórica do local que, quando dou por mim, já estou de volta ao presente, de regresso a casa, de volta ao século dos telemóveis e da internet, de volta a mim e aos meus.
Mas a viagem interior ficou.
Obrigado Santa Maria da Feira.
A Fogaça, para além da simbologia religiosa secular que carrega em si, é um delicioso docinho feito com ovos, açúcar, canela, fermento, manteiga, sal, limão e farinha. Misturam-se os ovos, mexe-se a massa e espreme-se o limão. A massa é pesada e puxada. Põe-se a fornalha a arder, enquanto se vai trabalhando a fogaça. O Tabuleiro é colocado no tendal, ficando as fogaças a levadar. A meio da cozedura são retiradas do forno. As fogaças são abertas e cintadas, ficando com um formato inspirado nas quatro torres do Castelo. Há fogaçinhas a €1,50, €3,50, €5 e a €10, saborosas e acabadinhas de sair da forno a lenha para encher a nossa real pança de plebeus esfomeados. Claro que, à hora em que escrevo isto, já só restam migalhas na mesa da cozinha... Vilões! Traidores!! Aqui d'el Rei!!!
O lindíssimo Castelo de Santa Maria da Feira.
Viagem Medieval em Santa Maria da Feira.
De Vila Nova de Gaya, situada a sul do Condado Portucalense, saíu hoje D. Nelson Mendez, Duque da Casa Real de Seus Pais, pois mora com eles, numa jornada em carro de ferro com potência de algumas dezenas de cavalos com destino a Santa Maria da Feira, por altura da famosa Feira Medieval, local de encontro anual de milhares de servos da gleba e nobres de todo o país que ali rumam com o intuito de encher a real pança a odres de zurrapa, servidos pela plebe do costume.
Por todo o lado há barracas com brindes e chás para todos os males, tabernas de comes e bebes, estalagens medievais, prisões, capelas, cuspidores de fogo, malabaristas e bobos da corte, duelos entre nobres a cavalo, toda a sorte de jogos medievais, arqueiros, aias vestidas de branco e, as minhas preferidas, barracas com assadores de javalis e porcos inteiros no espeto, a girar alegremente sobre as brasas quentinhas e fumegantes, já todos lascadinhos nas coxas e no lombinho e barracas com barris de sangria fresquinha e ginginha que provei num pequeno copinho de madeira que trouxe como recordação.
Comi as mui-deliciosas e universalmente conhecidas Fogaças, um doce regional de Santa Maria da Feira, que comprei na famosa Confeitaria Castelo, cuja história do doce remonta à tradicional Festa das Fogaceiras, nos meados dos séc. XVI, num voto feito pelo povo e pelos condes ao Mártir S. Sebastião em 1505, para que os livrasse da Peste.
E lá ía eu a «jornadear», um pobre duque sem escudeiro para carregar o barril de cerveja durante o percurso, sempre à cusca duma donzela em perigo eminente que precisasse ser salva das garras dum espadachim mais bebido ou duma aia voluptuosa, mais entradota na idade, farta de carnes, com mamas que até dão para segurar um pequeno barril de ginja no meio - e que me fizesse abandonar o eremitério duma vez por todas-, entretido e completamente deslumbrado pela fabulosa recriação histórica do local que, quando dou por mim, já estou de volta ao presente, de regresso a casa, de volta ao século dos telemóveis e da internet, de volta a mim e aos meus.
Mas a viagem interior ficou.
Obrigado Santa Maria da Feira.
A Fogaça, para além da simbologia religiosa secular que carrega em si, é um delicioso docinho feito com ovos, açúcar, canela, fermento, manteiga, sal, limão e farinha. Misturam-se os ovos, mexe-se a massa e espreme-se o limão. A massa é pesada e puxada. Põe-se a fornalha a arder, enquanto se vai trabalhando a fogaça. O Tabuleiro é colocado no tendal, ficando as fogaças a levadar. A meio da cozedura são retiradas do forno. As fogaças são abertas e cintadas, ficando com um formato inspirado nas quatro torres do Castelo. Há fogaçinhas a €1,50, €3,50, €5 e a €10, saborosas e acabadinhas de sair da forno a lenha para encher a nossa real pança de plebeus esfomeados. Claro que, à hora em que escrevo isto, já só restam migalhas na mesa da cozinha... Vilões! Traidores!! Aqui d'el Rei!!!
O lindíssimo Castelo de Santa Maria da Feira.
Viagem Medieval em Santa Maria da Feira.
3.8.06
(Des)considerações breves!
Gosto muito de convidar raparigas para sair. E saio. Só não gosto é que aceitem o convite tão depressa e tão prontamente com um sorriso de orelha a orelha. Vivemos num tempo tão triste em que é a própria gazela que se atira de cabeça para a boca do leão. Triste. Não se passa «fome», mas é triste.
*
Gosto de casamentos. A sério. Especialmente do Copo d'Água. Acredito sinceramente que sou a única pessoa, como as crianças, que realmente se consegue divertir à grande e à francesa nos casamentos, porque não vou com propósitos hipócritas e ingénuos de ser feliz, ou ver os outros felizes, ou sonhar em encontrar a alma gémea. Só vou para comer e beber. E atingo sempre os meus objectivos.*
As mulheres choram sempre antes de casar. Os homens só uns meses depois.*
"O segredo da vida", dizia-me alguém há não muito tempo a esta data, "é tratar as mulheres como putas e as putas como mulheres." Tenho medo que ele tenha razão. Sería o desmoronar das relações tais como as conhecemos. Se bem que, por outro lado, passaríamos a ter uma óptima pornografia e uma grandiosa literatura.*
Gosto do verão, gosto do calor, gosto de gelados e de mulheres em bikini. Estou numa fase da minha vida em que me tornei pouco exigente.*
Ultimamente tenho atraído muita mulherada divorciada. Pito separado e livre. «Restos», como diz o povo. Umas, boas como o milho, outras, nem por isso. Até aqui nada contra. Os meus amigos dizem que eu pareço um íman de pitalhada divorciada. De todas recebi números de telemóvel e convites para sair, para ir para a praia, para tomar café ou para ir ao cinema, etc, mas não saí com ninguém. Motivo? Só um, como diz um colega meu, que é um raro talento de lucidez: "Não saio com divorciadas da mesma maneira como não saio com virgens - o que não serviu para os outros também não serve para mim!"*
Alguém me dizia que há duas regras de oiro a seguir no que se refere ao relacionamento com homens e mulheres na sociedade em que vivemos. A primeira, para os homens, é: "Toda a gente é «filho-da-mãe» até que consigam provar o contrário." A segunda, para as mulheres, é: "Todas as mulheres são «vacas» até que consigam provar o contrário." Ou como diz o segurança do meu trabalho, "Ó pá, tirando a tua mãe e a minha, o resto que anda aí é tudo vacas!"
Baixei a guarda desconfiada e intelectual que me caracteriza e deixei-me convencer. No fundo, no fundo, todos nós que aqui andamos, somos a prova viva que os nossos pais gostam de foder!
2.8.06
Andorinha da Primavera!
Que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Qu´eu lá de cima digo adeus ao meu amor
Ó Andorinha da Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó Andorinha
na Primavera
também voar.."
Madredeus - Andorinha da Primavera, O Paraíso, 1997.
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