18.10.06

Ambiguidades (alguns aforismos, meditações sobre homens e mulheres e não necessariamente por essa ordem )

Fim de férias e início do trabalho. Fim duma coisa, onde nada acontece, e início de outra, onde nada do que acontece tem, de facto, importância.

Quando uma relação amorosa acaba, começa logo outra, mais intensa e apaixonante, entre a esperança e o tédio dos dias e o vazio das noites.

As mulheres apaixonam-se, geralmente, pelos homens que têm o condão mágico de magoá-las sempre no sítio certo. Os homens só se apaixonam por mulheres que têm o condão mágico de não os aborrecer. Depois de casados trocam de papéis.

É fácil saber quando uma mulher está triste: não consegue esconder. E também é fácil saber quando um homem está triste: não consegue disfarçar.

A mulher infeliz ri para não chorar. O mulher feliz ri depois de chorar.

Andamos todos atrás do mesmo, homens e mulheres, diz um colega meu de trabalho. Eu não podia concordar mais. Apenas um senão: coitado do homem que encontra aquilo que quer e coitada da mulher que tem aquilo que merece.

Um homem começa a namorar porque encontrou uma mulher de jeito. A mulher começa a namorar porque não encontra mais ninguém de jeito. O amor é um doce engano.

As mulheres podem dizer-nos o que quiserem que, no fundo, não interessa: uma mulher só gosta de nós se nós lhes dermos protecção e filhos.

Há 50% de divórcios em Portugal. Facto. A culpa é do homem? Facto. E das mulheres, não é? É.
A mulher tornou-se mais independente, mais culta, começou a rapar o buço e já não está para levar com o cinto na testa, como a mãe dela e a avó dela, por não fazer a janta a horas. De acordo. As mulheres já não estão para lavar a roupa do marido a cheirar a pito adúltero. Certo. E os homens também não estão para comprar pizzas todos os dias só porque elas são licenciadas em direito e não sabem fazer uma simples massa de bacalhau ou descascar uma cebola. Certo. Tudo certo. Todos temos culpas e o pêndulo de focault balança friamente sobre as nossas testas. Mas a razão principal para tanto divórcio é esta: O Tédio. Como diz um amigo meu: "pá, a gente casa-se é para foder a horas certas...»
Vamos todos meditar nisto.

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