Em Portugal, nunca morre ninguém medíocre ou banal. Não há um escritor insignificante, músico mosca morta ou poeta entediante neste país. São todos excelentes. Quando batem a bota, é costume dizer-se que «foram a voz da sua geração» ou «um talento sem igual» e que, estranhamente, por terem falecido de forma injusta ou partirem «demasiado cedo» (um clássico!), «o país ficou mais pobre» (outro clássico). Em Portugal não há ninguém banal.
Gostava de ver, por uma vez que fosse, num Telejornal, um apresentador a dizer: "Hoje morreu o escritor fulano de tal, mas nunca escreveu ou publicou nada de jeito! E agora o estado do tempo para o fim de semana!»
Gostava de ver, por uma vez que fosse, num Telejornal, um apresentador a dizer: "Hoje morreu o escritor fulano de tal, mas nunca escreveu ou publicou nada de jeito! E agora o estado do tempo para o fim de semana!»
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