
O espírito da paz é a espera.
A aceitação da espera: a doce, lenta e sossegada espera.
1ª faixa aqui.
 Para o bem ou para o mal, o Facebook (FB) veio subverter tudo. Virtualiza amizades que nunca existiríam na vida real, perpetua relações socias que, por circunstâncias várias (fim da escola, mudança de emprego, de região, etc.) já deviam ter acabado e dá início ou reata relações amorosas que o normal curso de vida já tinha posto fim. Na vida chamada normal, é suposto não sabermos o que fazem os nossos amigos, onde estão, com quem estiveram no Sábado à noite, para onde foram nas férias. É por isso que o reencontro era sempre bom, para sabermos novidades do tipo «mas afinal onde é que foste nas férias do verão?» Agora com o FB toda a gente sabe. É suposto nunca mais sabermos das nossas ex-namoradas, mas lá temos que gramar as depressivas fotos delas com as amigas no facebook, de caipirinha na mão, vestindo sempre a mesma inefável mini-saia tipo-leopardo e uma t-shirt com o dístico habitual "Mamã eu quero!" e discutindo entre si sobre qual delas é a menos cliché da noite.
Para o bem ou para o mal, o Facebook (FB) veio subverter tudo. Virtualiza amizades que nunca existiríam na vida real, perpetua relações socias que, por circunstâncias várias (fim da escola, mudança de emprego, de região, etc.) já deviam ter acabado e dá início ou reata relações amorosas que o normal curso de vida já tinha posto fim. Na vida chamada normal, é suposto não sabermos o que fazem os nossos amigos, onde estão, com quem estiveram no Sábado à noite, para onde foram nas férias. É por isso que o reencontro era sempre bom, para sabermos novidades do tipo «mas afinal onde é que foste nas férias do verão?» Agora com o FB toda a gente sabe. É suposto nunca mais sabermos das nossas ex-namoradas, mas lá temos que gramar as depressivas fotos delas com as amigas no facebook, de caipirinha na mão, vestindo sempre a mesma inefável mini-saia tipo-leopardo e uma t-shirt com o dístico habitual "Mamã eu quero!" e discutindo entre si sobre qual delas é a menos cliché da noite.  O FB é o Big Brother do George Orwell, no livro 1984, finalmente concretizado, mas de maneira diferente: já não é um big brother que tudo vê e tudo sabe mas milhões e milhões deles, amigos e vizinhos uns dos outros, que infetam as redes sociais, policiando-se uns aos outros, vivendo num aflitivo estado totalitário de vigilância permanente. Os pólos inverteram-se. Se o FB fosse criado no tempo de Salazar, já não era a Pide que andava atrás dos comunistas: eram estes que íam lá inscrever-se e depois era só atualizar diáriamente com posts da sua «atividade clandestina»: contar tudo o que sabem, onde estiveram, mostrar fotos dos sítios onde foram nas férias, quantos amigos têm e as suas filiações partidárias, os livros e filmes proibidos que leram, etc. Sería o fim da tortura e das noites a levar cacetadas, bastando à Pide pôr um «lol» ou um «like» em todos os posts. O Facebook está no meio de nós e a olhar para nós. Uma sociedade onde não há segredos, onde tudo se sabe sobre toda a gente, é uma sociedade feita de homens e mulheres-estátuas, robots sociais, parados no tempo e no lugar, a olharem uns para os outros, de preferência em frente a um computador e não ao vivo.
O FB é o Big Brother do George Orwell, no livro 1984, finalmente concretizado, mas de maneira diferente: já não é um big brother que tudo vê e tudo sabe mas milhões e milhões deles, amigos e vizinhos uns dos outros, que infetam as redes sociais, policiando-se uns aos outros, vivendo num aflitivo estado totalitário de vigilância permanente. Os pólos inverteram-se. Se o FB fosse criado no tempo de Salazar, já não era a Pide que andava atrás dos comunistas: eram estes que íam lá inscrever-se e depois era só atualizar diáriamente com posts da sua «atividade clandestina»: contar tudo o que sabem, onde estiveram, mostrar fotos dos sítios onde foram nas férias, quantos amigos têm e as suas filiações partidárias, os livros e filmes proibidos que leram, etc. Sería o fim da tortura e das noites a levar cacetadas, bastando à Pide pôr um «lol» ou um «like» em todos os posts. O Facebook está no meio de nós e a olhar para nós. Uma sociedade onde não há segredos, onde tudo se sabe sobre toda a gente, é uma sociedade feita de homens e mulheres-estátuas, robots sociais, parados no tempo e no lugar, a olharem uns para os outros, de preferência em frente a um computador e não ao vivo.  No primeiro dia em que ti vi, levaste-me os olhos.
 No primeiro dia em que ti vi, levaste-me os olhos.
 Se eu tivesse um sítio preferido para ir de férias (que não tenho) e que nunca tivesse visitado, esse sítio sería Manhattan. Desde os 18 anos que sonho viver em Manhattan. Sim, por causa dos filmes do Woody Allen. Gosto de prédios altos, muitas pessoas na rua, cheiro a jornais, combóios e jardins. Gosto também de Frank Sinatra, Tony Bennett. Moby e Diana Krall. Gosto de livrarias, lojas de discos em segunda mão, pequenos bares com clientes regulares e também gosto de bares a abarrotar de gente para ver stand-up comedy até de madrugada. Gosto do silêncio das manhãs e do barulho e confusão à noite. As tardes são um intervalo desnecessário. Só gosto do que é urbano, do que foi criado ou transformado pelo homem e nada do que é rural. Gosto de estradas e automóveis, não gosto de praias e coqueiros. A natureza é bonita mas só por 5 segundos, a partir daí é insuportável. Só a natureza humana é que é boa. Prefiro um café cheio de barulho a uma praia deserta. Prefiro um engarrafamento a uma estrada de terra batida no meio do monte. Quero lá saber dos passarinhos e do ar puro. Não gosto de mares, rios e outras águas. Gosto de piscinas, copos e cerveja com amigos. Gosto de água engarrafada, não gosto de ir beber àgua ao rio. Não gosto de pradarias e cavalos a correr e a relinchar. Gosto de universidades, shoppings cheios de gente e afins. Gosto de uma mulher bonita que passeia na rua com o último livro do Paul Auster debaixo do braço; não gosto de uma mulher que se levanta às 05h da manhã para ordenhar a vaca e anda todo o dia de galochas e forquilha. Prefiro o stress urbano à apatia ruminante do campo.
Se eu tivesse um sítio preferido para ir de férias (que não tenho) e que nunca tivesse visitado, esse sítio sería Manhattan. Desde os 18 anos que sonho viver em Manhattan. Sim, por causa dos filmes do Woody Allen. Gosto de prédios altos, muitas pessoas na rua, cheiro a jornais, combóios e jardins. Gosto também de Frank Sinatra, Tony Bennett. Moby e Diana Krall. Gosto de livrarias, lojas de discos em segunda mão, pequenos bares com clientes regulares e também gosto de bares a abarrotar de gente para ver stand-up comedy até de madrugada. Gosto do silêncio das manhãs e do barulho e confusão à noite. As tardes são um intervalo desnecessário. Só gosto do que é urbano, do que foi criado ou transformado pelo homem e nada do que é rural. Gosto de estradas e automóveis, não gosto de praias e coqueiros. A natureza é bonita mas só por 5 segundos, a partir daí é insuportável. Só a natureza humana é que é boa. Prefiro um café cheio de barulho a uma praia deserta. Prefiro um engarrafamento a uma estrada de terra batida no meio do monte. Quero lá saber dos passarinhos e do ar puro. Não gosto de mares, rios e outras águas. Gosto de piscinas, copos e cerveja com amigos. Gosto de água engarrafada, não gosto de ir beber àgua ao rio. Não gosto de pradarias e cavalos a correr e a relinchar. Gosto de universidades, shoppings cheios de gente e afins. Gosto de uma mulher bonita que passeia na rua com o último livro do Paul Auster debaixo do braço; não gosto de uma mulher que se levanta às 05h da manhã para ordenhar a vaca e anda todo o dia de galochas e forquilha. Prefiro o stress urbano à apatia ruminante do campo.
 Não vale a pena andares a pensar no passado, enquanto o fizeres não vais conseguir avançar. Vais sempre comparar a tua "cujinha" a qualquer coruja que apareça. Abre o teu coração ferido, usa a inteligência que tens (Dostoievsky??!!) e dá uma oportunidade. Se não fosse assim a Ambar não estava ao meu lado. Uma vez o Puma disse-me uma coisa quando andava pelos cantos de juba frisada e olheiras de ressaca: "Um grande amor só se esquece com outro grande amor" Potente hã?? Potente e verdadeiro. Time to move on. Agora deixa-te lá de birras e amuos. E pelo amor da Santa: CALA-TE QUE QUEREMOS DORMIR!!
Não vale a pena andares a pensar no passado, enquanto o fizeres não vais conseguir avançar. Vais sempre comparar a tua "cujinha" a qualquer coruja que apareça. Abre o teu coração ferido, usa a inteligência que tens (Dostoievsky??!!) e dá uma oportunidade. Se não fosse assim a Ambar não estava ao meu lado. Uma vez o Puma disse-me uma coisa quando andava pelos cantos de juba frisada e olheiras de ressaca: "Um grande amor só se esquece com outro grande amor" Potente hã?? Potente e verdadeiro. Time to move on. Agora deixa-te lá de birras e amuos. E pelo amor da Santa: CALA-TE QUE QUEREMOS DORMIR!!
 Hoje amuei. Nem me apetece falar, só fazer beicinho. Fico mais bonito assim? Não sei. Nem dizer um Bu-ú-ú. Também foi a única coisa que aprendi a dizer...Não estou para isso, não contem comigo. Hoje quero ficar num raminho, quietinho e de vez em quando esticar uma patinha, mas só para me espreguiçar. É assim, todos temos uma função neste vida.
Hoje amuei. Nem me apetece falar, só fazer beicinho. Fico mais bonito assim? Não sei. Nem dizer um Bu-ú-ú. Também foi a única coisa que aprendi a dizer...Não estou para isso, não contem comigo. Hoje quero ficar num raminho, quietinho e de vez em quando esticar uma patinha, mas só para me espreguiçar. É assim, todos temos uma função neste vida. 
 Há dias assim. Sei que sou preguiçoso, mas sou bonito, por isso estou desculpado. Não só tenho pintas como tenho pinta! Apoio o queixo no raminho não para descansar (não faço nada, lembras-te?) mas para te enquadrar melhor no meu campo de visão. As minhas patinhas ficam a baloiçar no ar, mais para fingir que vou voar do que para correr. Se passares por mim, acho que nem vou saltar para cima de ti. És bonita, sim senhor. Mas eu só te quero ver a passar por mim, o mais lentamente possível. Se tiver coragem até te pisco um olhinho, o mais azul que tiver. Mas não vou sair daqui. Recuso-me. Sim, sou preguiçoso, mas não aceito que me digam que não faço nenhum. Isso não. No séc. XVII havia em Portugal uma corrente filosófica chamada Quietismo, na qual se considerava que o imobilismo era o melhor caminho para chegar a Deus. De facto, só estando parado é que se consegue ler, escrever ou ver um filme, ou rezar. Ou ver o nosso amor a passar, a dizer adeus. Só estando parado é que se consegue pensar, sentir.
Há dias assim. Sei que sou preguiçoso, mas sou bonito, por isso estou desculpado. Não só tenho pintas como tenho pinta! Apoio o queixo no raminho não para descansar (não faço nada, lembras-te?) mas para te enquadrar melhor no meu campo de visão. As minhas patinhas ficam a baloiçar no ar, mais para fingir que vou voar do que para correr. Se passares por mim, acho que nem vou saltar para cima de ti. És bonita, sim senhor. Mas eu só te quero ver a passar por mim, o mais lentamente possível. Se tiver coragem até te pisco um olhinho, o mais azul que tiver. Mas não vou sair daqui. Recuso-me. Sim, sou preguiçoso, mas não aceito que me digam que não faço nenhum. Isso não. No séc. XVII havia em Portugal uma corrente filosófica chamada Quietismo, na qual se considerava que o imobilismo era o melhor caminho para chegar a Deus. De facto, só estando parado é que se consegue ler, escrever ou ver um filme, ou rezar. Ou ver o nosso amor a passar, a dizer adeus. Só estando parado é que se consegue pensar, sentir."Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa." Mateus 10:34-36

 Porque é que as mulheres feias falam sempre tanto? Porque é que uma mulher bonita, por norma, é sempre mais calada do que uma feia? Há algo de errado com uma mulher linda que fale muito. Passa por parva ou burrinha (uma loira bonita e burra é, de facto, patética mas não deixa de ser bonita) e são mal vistas pelas feias, pois estão a esbanjar um dos principais truques de sedução usados por estas: falarem pelos cotovelos. Por outro lado, não conheço uma mulher, feliz detentora duma carranca menos inestética, que não esteja sempre a despejar uma verborreia insuportável sobre o transeunte mais incauto. Seja amigo, namorado ou companheiro, seja no shopping, no cinema ou num jantar tranquilo à beira-mar, não há gajo que não tenha já levado com um megafone destes pelo menos uma vez na vida. "Quanto mais feias, mais insuportáveis". Este slogan, em si, já é duro de ouvir.
Porque é que as mulheres feias falam sempre tanto? Porque é que uma mulher bonita, por norma, é sempre mais calada do que uma feia? Há algo de errado com uma mulher linda que fale muito. Passa por parva ou burrinha (uma loira bonita e burra é, de facto, patética mas não deixa de ser bonita) e são mal vistas pelas feias, pois estão a esbanjar um dos principais truques de sedução usados por estas: falarem pelos cotovelos. Por outro lado, não conheço uma mulher, feliz detentora duma carranca menos inestética, que não esteja sempre a despejar uma verborreia insuportável sobre o transeunte mais incauto. Seja amigo, namorado ou companheiro, seja no shopping, no cinema ou num jantar tranquilo à beira-mar, não há gajo que não tenha já levado com um megafone destes pelo menos uma vez na vida. "Quanto mais feias, mais insuportáveis". Este slogan, em si, já é duro de ouvir.