25.11.06

As aventuras do Cozinheiro Suiço dos Marretas: Bork! Bork! Bork!

O Swedish Chef dos Marretas é, talvez, a personagem mais engraçada, pelo menos para mim, de toda a história da animação infantil. São os trejeitos dele - os maneirismos, o discurso ininteligível(isto é, para quem não sabe falar sueco), o bigode farfalhudo, as colheres a voar pela cozinha fora, contra os móveis, o barrete branquinho, a maneira como a comida, que ele quer preparar com afinco, se revolta contra ele e dá luta ou foge da panela - que me encantam.
Adoro aquele sketch em que ele para fazer donuts atirava bolachas ao ar e dava tiros de caçadeira acertando mesmo no meio das bolachas. E também aquele episódio em que ele está a fazer uma mousse de chocolate e barra chocolate quente no focinho dum alce (alce=mousse), besuntando-o todo.
Enfim, tantos, tantos episódios embuídos dum humor inglês completamente nonsense tirado da mente genial de Jim Henson. A programação infantil, e as pessoas com mais de 30 anos sabem disso - desde Os Marretas, a Rua Sésamo, Era uma vez a vida, O Brinca Brincando, e até a programação infantil de leste de Vasco Granja, etc - nunca mais foi a mesma; deixou de haver quer uma componente pedagógica-didática ou mesmo lúdica na estética de criação de programas infantis, atendendo apenas a criação de personagens com uma lógica publicitária de mercado - veja-se o caso Noddy, Floribella, etc.
Se quiserem façam um simples exercício mental: Comparem o Tom Sawyer (inícios dos anos 80) com o Noddy (séc. XXI) e vejam ao que chegamos. É bom? É Mau? É natural que assim seja? Ficamos a perder ou a ganhar com o que vemos na caixa mágica?
A programação infantil actual, em todas as componentes, origens e evolução, bem analisada por investigadores competentes, talvez nos possa dar bons indicadores para proceder a uma caracterização séria sobre a situação do país em termos culturais. Não basta dizer que o país é atrasado, iletrado, etc. Vamos analisar o que nós viamos antigamente e o que as nossas crianças andam a ver nestes dias e talvez possamos ver o que se perdeu entretanto. E o que se ganhou. Pessoalmente duvido que se tenha ganho alguma coisa.

Aqui fica um medley de 15 minutos do nosso querido Swedish Chef, a cantar, a brincar com as suas comidinhas, a fugir de esparguetes assassinos e de lagostas pistoleiras, a encestar galinhas em cestos de basket, etc. Estavamos nos anos 80. Eu não digo «que saudades» dos anos 80 - digo apenas que há muito tempo que este país se perdeu. Ou se vendeu, não sei bem.

21.11.06

Bora ver isto com óculos 3D!!

Desde 2o de Outubro que re-estreou nos Estados Unidos, em poucas salas, o filme O Estranho Mundo de Jack (1993), mas em 3 Dimensões, recorrendo à tecnologia digital da Disney. Ouvi dizer que nos cinemas os especatadores usaram aqueles óculos especiais para visionar o filme, não daqueles feitos de cartão, ridículos, com uma janela verde e outra laranja, mas, sim, óculos novos, com design sofisticado ao estilo Ray Ban. Acho que o filme não vai estrear em Portugal, por isso só nos resta esperar pela edição em DVD.

Mais informações ver aqui.

19.11.06

É só quando me perco dentro de alguém que, então, me encontro a mim mesmo!

«It's only when I lose myself in someone else
Then I find myself,
I find myself.
Something beautiful is happening inside for me,
Something sensual, it's full of fire and mystery,
I feel hypnotized,
I feel paralized,
I have found heaven [...]»

Depeche Mode - Only When I Lose Myself.

17.11.06

Touch Me

Só há uma música de dança que me emociona muito: Touch Me, do excelente Rui da Silva. Mal foi editada em Inglaterra no ano 2000, a música atingiu logo o #1 do UK Charts, permanecendo nos tops mais 14 semanas. Nesse tempo, era a minha música da noite, de sair à noite, de viver à noite, de amar à noite. Touch Me hipnotizava-me pela batida «house» de fundo, pelo registo trance e, sobretudo, a sublimar este conjunto, pela vocalização poderosa de Cassandra Fox, que dava voz à alma da música.
Uma grande música.
Ouvir aqui.

15.11.06

A vida boa!

Mesmo aqueles que têm uma vida boa, não deixam de sentir, de tempos a tempos, uma tristeza insolúvel, uma tristeza que só a vida boa pode trazer, sem causa, sem nexo, sem dor de perda, sem objectivo. Não saber porque é que se está triste é a pior tristeza de todas, a tristeza que come o coração aos poucos, todos os dias.

9.11.06

White Stripes e Kate Moss: Música Pop Sensual

Elephant, dos White Stripes, é um dos álbuns mais felizes da música pop-rock mais recente. Não é só o hit-wonder "Seven Nation Army", tocado até à exaustão pelas rádios - é todo o álbum em sim que prima pela coerência e pela subtilidade inventiva da música. Queria deixar aqui o video-clip da faixa "I Just Don't Know What To Do With Myself", cuja música chama tanto à atenção como a Kate Moss, no videoclip, a dançar agarrada ao varão do Strip-Tease. Sensualidade musical e corporal: combinação perfeita.
Ouvir aqui - http://www.youtube.com/watch?v=a_k-Rmjdkjc

4.11.06

O que eu gostava de fazer!

Viver a vida como uma águia e não como um abutre.