30.12.06

Ultimo Post 2 - Ó Fogo!, Agora que eu estava a gostar e já acabou...

Tenho recebido imensos e-mails - pronto, vá lá, 2 ou 3 e-mails, mais uma cartita dum aborígene que recebi por pombo-correio, ao estilo harrypotteriano, e 3 sinais de fumo de dois eremitas que vivem numa toca de urso abandonada, pelos vistos completamente apetrechada com Net Wireless - a perguntar, precisa e malcheirosamente, assim do pé para a mão - "mas que merda é que te deu, ó meu estafermo do cara****, para acabares com o blog?" Fiquei espantado. Nunca pensei que este misero estaminé tivesse mais do que 3 ou 4 clientes. E pelos vistos, pelas minhas contas, teve.... 5!!!! Já não foi mau.
Mas tudo tem um fim, e o fim deste blog foi trágico e teve as suas repercussões: o computador ressentiu-se com a gradual diminuição de posts, o rato deprimiu-se e passou todo o dia a prozac, o monitor amuou e já não me olhava de frente: tive que fazer uma ginástica dos diabos para escrever este post e andar com a cadeira à volta da secretária, fazendo círculos de 360º para tentar ler o que escrevia.
Escrever num blog é como namorar: Às vezes apetece muito, outras não apetece nada, umas vezes dói a cabeça, outras está-se muito cansado. Enfim.
Os blogs são como os namoros - não é preciso nenhuma tragédia para acabar um blog ou um namorico - basta uma birra, fazer beicinho, cruzar os bracinhos e amuar.
A melhor maneira de acabar um blog, qualquer que seja ele, é enquanto ele está em grande (este nunca teve) e nunca quando já está em decadência. Não é por o blog ser bom ou ser mau, ser lido ou não - é pela maravilhosa capacidade, e liberdade, de podermos dizer "para mim chega; já está bom assim; não é preciso mais; não quero mais; a conta, por favor!"

E já agora, mais uma vez, obrigado a todos os que por cá passaram.
Nelson Mendes

25.12.06

Último Post!

Então pessoal? Mais um ano que acaba, não é? Que tal vos correu? O meu até correu bem, mas qualquer um, misérias à parte, com o bandulho cheio de bacalhau bem regado de tintol, rabanadas e bolo-rei, era incapaz de dizer o contrário.
Este é o último post deste blog.
Quería desejar a todo o pessoal que acompanhou este estaminé muito sucesso e felicidades.
Nelson Vítor Mendes.

PS - 2006: Balanço final: Muitos morreram, outros ficaram assim.

21.12.06

Um filme para este Natal!


Está tanto frio lá fora que quase nem vale a pena o Pai Natal descongelar as nádegas do sofá para vir cá. O frio é tanto que o Pai Natal, em vez de gritar alarvemente «HO HO HO» vai encolher os ombros e, com as pernas a tremelicar, simplesmente murmurar entre dentes «Brrrrrr! 'tá cá um briol que até congelei o tomate esquerdo!» Sim, no único dia do ano em que o Pai Natal trabalha, é provável que este ano meta baixa. Vamos então nós até casa dele, ao Pólo Norte. Não sabem ir? Então, vai-se pela VCI, corta-se na A3 e depois é sempre para norte. Anda-se é «de carago», é certo. Um caminho mais fácil é simplesmente ficar em casa, confortável no sofá, com a famelga espalhada pelos cantos da sala e ver o "The Polar Express" do excelente Robert Zemeckis (Forrest Gump, Contacto, Regresso ao Futuro). O filme estreou há dois anitos mas façam de conta que estreou este ano. Vejam que vale a pena. Tem uma imagem espectacular, efeitos deslumbrantes e a voz inconfundível do Tom Hanks. Um filme de natal para crianças e adultos.

10.12.06

Massive Attack: O Início

Foi aqui, «Daydreaming» do álbum Blue Lines. Estavamos em 1990, a salvação da pop vinha de Bristol, depois do enterro da famosa «Madchester» dos The Smiths, Happy Mondays, etc, e antes da bipolarização Guns/Metallica e ainda mesmo antes dos Nirvana. Muito antes do Techno, da Britpop oásica e blurística, o que se ouvia era o Trip-hop com letras rap dos Massive Attack: denso, urbano e lento como uma batida de coração. Que ainda bate.

6.12.06

O admirável mundo novo da educação!

Uma conhecida minha, professora de Português há mais de 10 anos, disse-me que viu-se obrigada a pôr na rua um aluno malcriado que lhe disse «anda aqui chupá-la!». Já tinha ouvido de outra fonte o caso dum aluno que virou-se para a professora e lhe disse, e cito, «esteja mas é calada que você é uma vacazita que anda aí...»
Anda toda a gente a discutir se se deve ou não tirar os cruxifixos das escolas quando, dia após dia, quem são cruxificados pelo sistema são os professores. O Portugal do «respeitinho» deu lugar ao Portugal do «põe-te fino ou levas no focinho!» De temidos e respeitados, os professores passaram a escorraçados e sovados. Chocados? Haverá solução à vista? A meu ver, devia voltar a fazer parte do «sistema» o uso regular e permante da boa e velha palmatória nas mãos, da boa e velha vergastada nas orelhinhas, da sempre eficaz palmada no rabo, em suma, a boa e velha coacção. Só através da coacção é que a escola pode recuperar a autoridade perdida. Mas resolverá isto o problema? Sim e não, porque o problema é mais complexo do que isso. Pela minha parte acho que convinha lembrar a quem fôr um pouco mais ingénuo nestas matérias que - e esta é que é a suprema verdade - não adianta tentar ensinar o que quer que seja a quem não quiser aprender.

Problemas!

«Difícil vai ser tirar a tua avó do banco de trás!»
Pombal: Nunca vi uma Cheia provocar tanta sede!
A melhor maneira de resolver os problemas é contorná-los.

2.12.06

Aforismo Possível

Regra geral, no que toca ao amor, só há dois tipos de mulheres: As que querem um homem cheio de qualidades e as que querem um homem sem defeitos. As primeiras desapontam-se, as segundas aborrecem-se.